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Brasil se tornando referência em inovação e IA 🇧🇷

Grok agora tem memória, OpenAI mira em expansão do Stargate, Trump quer proibir o DeepSeek & mais

E aí curioso, seja bem vindo novamente a NoFinn, a sua newsletter diária sobre IA.

E aqui está a sua dose de hoje 👇

🏃TLDR

🇧🇷 Brasil vira vitrine de inovação na América Latina. Com Pix, cibersegurança, IA e observabilidade, o Brasil deixou de ser promessa e virou referência regional. Lidera em hubs de IA, exporta soluções e domina rankings latinos de inovação. Finalmente, o “país do futuro” virou o país do agora (em algumas áreas)…

🧠 Grok ganha “memória”. A IA da xAI agora lembra preferências e conversas anteriores. Igual ao ChatGPT e Gemini? Sim, mas com mais transparência e controle do usuário, segundo a empresa. Por enquanto, disponível só fora da União Europeia…

🛰️ Stargate: OpenAI quer levar seus data centers para Europa. O projeto bilionário de infraestrutura de IA liderado por OpenAI, Oracle e SoftBank cogita expandir para Reino Unido, Alemanha e França. Por enquanto, foco ainda é nos EUA…

🇺🇸 Trump quer banir a DeepSeek dos EUA. A administração Trump considera bloquear a IA chinesa DeepSeek por “ameaças à segurança” e suposto roubo de IP da OpenAI. Medidas incluem impedir venda de chips Nvidia e restringir acesso nos EUA. Mais uma rodada de IA na guerra fria 2.0.

🤖 Simular AI cria agente com múltiplas IAs. O S2 usa um mix de modelos poderosos e open source, combinando raciocínio com interpretação visual. Já supera a OpenAI em alguns benchmarks e ainda aprende com memória externa. E se ele travar, um humano pode assumir o controle…

Além disso, olha o que você verá hoje:

Bora lá?

🛠 Caixa de Ferramentas 🛠

Aqui estão as ferramentas que separei hoje para você:

  • OpenAI Codex CLI - Ferramenta para desenvolvedores que desejam raciocínio no nível do ChatGPT, além do poder de executar código e manipular arquivos.

  • Veo 2 no Gemini - Crie vídeos de IA de alta qualidade, com duração de 8 segundos, a partir de texto com o Veo 2, agora disponível no Gemini Advanced.

  • o3 e o4-mini - Modelos de raciocínio que analisam imagens e usam ferramentas de forma agencial (Pesquisa, Código, DALL-E).

  • Heatbot.io 2.0 - Construtor de UI generativo orientado a dados. Carregue mapas de calor de análise de usuários para a IA gerar sites aprimorados em segundos.

  • Reelmind - Uma comunidade de modelos de vídeo de IA de código aberto, que você pode treinar e compartilhar seu próprio modelo de vídeo.

Brasil em Destaque: Estamos nos tornando exemplo de inovação e chamando a atenção no setor de IA

Depois de anos sendo chamado de “o país do futuro”, o Brasil finalmente começa a justificar o apelido, pelo menos na área tecnológica. O país virou referência regional em inovação aplicada e soluções pragmáticas, principalmente em áreas como pagamentos, cibersegurança e observabilidade. O exemplo mais simbólico é o Pix, que movimentou mais de R$ 26 trilhões em 2024, superando o dinheiro físico como principal meio de pagamento. Isso implicou em um sistema público, gratuito, bem arquitetado e que virou modelo para nossos vizinhos latino-americanos, que ainda tentam sair do dinheiro em cédulas.

Na cibersegurança, o enredo é ainda mais curioso: o Brasil é o segundo país mais atacado do mundo, atrás apenas dos EUA, e isso obrigou empresas e governo a se mexerem. O que nos fez alcançar a liderança regional em receita no setor, projeções de US$ 4,85 bilhões até 2027 e, para coroar, o status de país-modelo no Índice Global de Cibersegurança da ONU. O mesmo vale para observabilidade, uma buzzword que por aqui virou realidade mais cedo do que em muitos mercados maduros. Startups brasileiras, ao perceberem o buraco entre expectativa e realidade dos sistemas críticos, criaram soluções próprias que hoje são exportadas para países que ainda estão na fase do “descobrir que têm um problema”.

O motor dessa guinada, é menos glamour e mais suor: investimento em capacitação técnica, atenção no que acontece nos EUA e China, e uma dose de urgência. Academicamente, o Brasil já conta com 144 centros de pesquisa em IA e lidera o Índice Global de Inovação na América Latina à frente de Chile, México e Uruguai. E ainda que 70% dos latinos temam o impacto da tecnologia nas relações humanas, 88% dos brasileiros dizem gostar de ferramentas que facilitam a vida. Ou seja: se a inovação tem um lado sombrio, por aqui a tendência é colocar o dedo na tomada e aprender na prática. Agora é torcer para que essa fase “exemplo regional” se consolide como política de longo prazo e não mais uma onda passageira de boas intenções.

Grok agora tem memória, mas promete não guardar rancor

A xAI, empresa de Elon Musk, deu mais um passo para tirar o Grok da fase de “assistente genérico” e colocá-lo mais próximo de ChatGPT e Gemini. A novidade é um recurso de memória personalizada, que permite ao Grok lembrar de preferências, conversas anteriores e até o tipo de dica que você costuma pedir, ou seja, o que os rivais já entregam. A promessa é de respostas mais personalizadas, contanto que você esteja disposto a ser “lembrado”.

Por enquanto, a função está em beta no site Grok.com e nos apps para iOS e Android (mas não está disponível para usuários da União Europeia ou Reino Unido devido às polêmicas de uso de dados com estas regiões). Segundo a empresa, a memória é “transparente”: dá pra ver o que foi armazenado, deletar memórias específicas e até desativar o recurso por completo nos controles de dados. Ainda não está ativa no Grok dentro da plataforma X (Twitter), mas isso está “em desenvolvimento”.

No fundo, Grok está só tentando correr atrás do prejuízo. ChatGPT já revisita o histórico inteiro de interações, e Gemini também ajusta suas respostas com base no usuário. A diferença aqui é o marketing: quando Elon promete que “você pode apagar tudo que o Grok lembra”, reforçando um pitch ousado, como de costume…

OpenAI mira Europa com expansão bilionária do Stargate, a sua infraestrutura de IA

O Stargate, megaprojeto de US$ 500 bilhões liderado por OpenAI, Oracle e SoftBank para construir infraestrutura de IA, pode estar prestes a cruzar o Atlântico. Segundo o Financial Times, os planos iniciais focados apenas nos EUA, agora consideram expansões para Reino Unido, Alemanha e França. A jogada sinaliza uma tentativa de levar o projeto para mais perto de mercados estratégicos, num momento em que os governos europeus também querem garantir seu quinhão no jogo da IA.

Apesar da ambição internacional, o foco principal ainda é doméstico: os primeiros US$ 100 bilhões estão sendo levantados para os data centers nos EUA, e o apoio político já está garantido, Donald Trump elogiou o projeto como um “sinal de confiança na América”. O SoftBank deve entrar pesado com dezenas de bilhões em capital e dívida, reforçando o tom: Stargate não é só uma infraestrutura, é um símbolo geopolítico.

Enquanto o projeto tenta se posicionar, fica a dúvida: quem vai bancar toda essa infraestrutura energética e computacional fora dos EUA? E, mais importante, a Europa vai aceitar isso sem querer impor suas próprias regras de transparência e soberania digital?

Trump mira a IA chinesa: DeepSeek pode entrar na lista negra

A administração Trump está cogitando proibir a DeepSeek, startup chinesa de IA que vem causando desconforto no Vale do Silício, segundo o New York Times. As possíveis sanções incluem bloquear o acesso da empresa a chips da Nvidia e até restringir o uso de seus serviços por usuários americanos.

A justificativa? Competição estratégica com a China no setor de IA e, possivelmente, suspeitas de que a DeepSeek tenha violado propriedade intelectual da OpenAI ao “destilar” seus modelos.

A ofensiva acontece poucos dias depois de Washington reforçar as restrições de exportação de chips de IA para a China num movimento que mostra como IA virou prioridade na geopolítica dos EUA. A DeepSeek ganhou espaço rápido com modelos potentes e preços agressivos, pressionando empresas americanas a reduzir valores.

Mais notícias ao redor do mercado de IAs

Simular AI mostra que o melhor agente é um time de IAs, não um gênio solitário

A Simular AI resolveu um dos grandes dilemas dos agentes de IA modernos com uma abordagem simples e quase óbvia: não tentar forçar um único modelo a fazer tudo. O agente S2 funciona como um maestro que combina vários modelos de IA especializados, cada um com sua “personalidade” e função. Modelos robustos como GPT-4o ou Claude cuidam da parte de raciocínio e planejamento, enquanto modelos menores e open source assumem tarefas como interpretação de elementos gráficos e execução em interfaces. O resultado é que o S2 supera concorrentes como o Operator da OpenAI em benchmarks como OSWorld (uso de sistemas operacionais) e AndroidWorld (uso de smartphones), mostrando que dividir para conquistar talvez seja a saída.

Além da estrutura modular, o S2 ainda conta com uma memória externa, onde armazena interações anteriores e feedbacks do usuário, essencial para melhorar seu desempenho em tarefas complexas. Em testes, o S2 completou 34,5% das tarefas com mais de 50 etapas, batendo os 32% do modelo da OpenAI. E em ambientes Android, sua taxa de sucesso foi de 50%, enquanto o segundo colocado ficou nos 46%. Ainda assim, o agente tropeça em situações imprevisíveis: por exemplo, ficou preso em loop tentando achar o contato de um projeto no Discord. Um lembrete de que a IA de uso geral ainda é promissora, mas está longe de ser infalível.

O artigo termina com um insight valioso (e reconfortante): a presença humana ainda faz diferença. Com a ajuda do CowPilot, plugin desenvolvido pela CMU, humanos podem intervir quando a IA empaca, clicando ou digitando nos momentos certos. Em um experimento, a dupla humano + agente completou 95% das tarefas com o humano assumindo só 15% do esforço. Isso reforça a tese de que, por enquanto, os melhores agentes não são autônomos: são colaborativos, com espaço para que o ser humano dê aquele “tapa final” quando a IA começa a filosofar com uma barra de progresso.

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