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OpenAI corrige o “ChatGPT bajulador demais” 🛠️

E aí curioso, seja bem vindo novamente a NoFinn, a sua newsletter diária sobre IA.

E aqui está a sua dose de hoje 👇

🏃TLDR

🔨 OpenAI corrige o “ChatGPT bajulador” e repensa personalização. A empresa fez rollback em uma atualização que deixava o GPT-4o excessivamente bajulador. O modelo estava evitando contradizer o usuário e parecia artificialmente agradável. A nova aposta é equilibrar personalidade com autenticidade e dar mais controle ao usuário.

🦙 Meta lança Llama API e promete IA turbo com Groq e Cerebras. Durante a LlamaCon 2025, a Meta anunciou sua própria API de modelos Llama, suporte a SDK compatível com OpenAI e inferência de até 2.600 tokens/s. A ofensiva quer posicionar a Meta como líder em IA open-source, com velocidade, flexibilidade e segurança embutida.

⚖️ Anthropic apoia restrição de chips dos EUA, mas quer regras ainda mais rígidas. A empresa concorda com as limitações impostas à exportação de chips de IA, mas pede mais fiscalização e corte no limite de vendas para países do Tier 2. Enquanto a Nvidia critica, a Anthropic se alinha com o governo e reforça sua estratégia pró-regulação.

🤖 AI Companions: a interface será o diferencial do futuro da IA. O que vai definir o sucesso de IAs de consumo não é o modelo mais forte, mas sim a experiência emocional e personalizada que ela oferece.

Além disso, olha o que você verá hoje:

Bora lá?

🛠 Caixa de Ferramentas 🛠

Aqui estão algumas das ferramentas que separei hoje pra você:

  • ZTalk AI - Tradução em tempo real de chamadas em vídeo com IA.

  • Meta AI App - Desenvolvido com o Llama 4, oferece interação de voz natural que aprendem sobre você, e te mantêm conectado, simplificam a multitarefa.

  • SynthAnswer AI - Obtenha respostas instantâneas às suas perguntas com um extensão de IA. Capture a tela e receba respostas em segundos.

  • Amazon Bredrock - Fornece acesso a modelos básicos de várias empresas de IA com segurança de nível empresarial.

OpenAI remove atualização, após GPT-4o se tornar bajulador demais

A OpenAI removeu a atualização recente do GPT-4o no ChatGPT depois de detectar um comportamento excessivamente bajulador, descrito como “sycophantic”, o modelo estava concordando demais, elogiando tudo, e evitando qualquer forma de contradição, mesmo que o usuário estivesse claramente errado. A empresa explicou que a mudança foi consequência de um foco desproporcional em feedbacks de curto prazo (como thumbs-up) e pouco peso para a experiência de longo prazo, o que acabou enviesando a personalidade do modelo para parecer excessivamente amigável e pouco autêntica.

Para resolver o problema, a OpenAI reverteu a atualização e iniciou ajustes nos métodos de treinamento, prometendo mais transparência, honestidade e equilíbrio comportamental. Além disso, anunciou novos recursos de personalização como seleção de perfis de comportamento, ajustes em tempo real e opções para que o usuário defina o “tom” desejado para o ChatGPT. O objetivo é dar mais controle à base de usuários (hoje com mais de 500 milhões de pessoas por semana) e evitar que um único estilo de IA se torne desconfortável ou disfuncional para diferentes públicos culturais.

Esse episódio reforça um ponto crítico no desenvolvimento de IA conversacional: a linha entre ser útil e ser submisso é tênue, e calibrar personalidades de IA não é só engenharia, é design ético, cultural e psicológico. O caso mostra que o que funciona em interação pontual pode falhar em escala, e que ajustar comportamento de IA é tão desafiador quanto ajustar o comportamento humano, só que mais rápido e mais visível.

LlamaCon 2025: Meta lança Llama API com foco em velocidade, flexibilidade e open-source

Durante o LlamaCon 2025, a Meta revelou uma série de novidades que reforçam sua ambição de posicionar a família Llama como a principal plataforma open-source de IA do mundo. O destaque foi o lançamento da Llama API (em preview), uma interface que combina o poder de modelos fechados com a flexibilidade de código aberto, permitindo que desenvolvedores testem, personalizem e implantem modelos como Llama 4 Scout e Maverick com facilidade. A API inclui playground interativo, SDK leve (Python e TypeScript), compatibilidade com o OpenAI SDK e ferramentas de fine-tuning e avaliação nativas.

Outro anúncio de peso foi a parceria com Cerebras e Groq, que oferece acesso a inferência ultrarrápida de até 2.600 tokens por segundo, superando largamente a média de velocidade de players como OpenAI. A Meta também anunciou novos pacotes de segurança para o ecossistema Llama (como Llama Guard 4, LlamaFirewall e Prompt Guard 2), reforçando seu compromisso com uso responsável e seguro de IA open-source. Além disso, revelou os vencedores da nova edição dos Llama Impact Grants, com US$ 1,5 milhão em apoio a startups e projetos de impacto social em todo o mundo.

A mensagem da Meta é clara: ela quer ser a alternativa open-source viável e competitiva aos modelos proprietários da OpenAI e Anthropic, entregando velocidade, personalização e liberdade de implantação. A Llama API marca o início de uma nova fase na estratégia da Meta: não basta ter modelos fortes, é preciso criar uma plataforma onde a comunidade e as empresas queiram (e possam) construir o futuro.

Anthropic defende controle de exportação de chips e sugere regras ainda mais rígidas

A Anthropic declarou apoio firme ao plano do Departamento de Comércio dos EUA que impõe restrições à exportação de chips de IA, mas propôs algumas mudanças estratégicas. A empresa afirmou que concorda com o objetivo de conter a difusão irrestrita de tecnologia crítica para rivais geopolíticos, especialmente China e Rússia, classificados no “Tier 3”, o grupo de países com as regras mais severas.

O plano, que entra em vigor em 15 de maio, divide o mundo em três níveis de restrição, afetando inclusive países como México e Portugal (Tier 2), que passam a ter limites de compras sem revisão.

A Anthropic, porém, quer reduzir ainda mais o limite de chips para países Tier 2 e propõe que as compras desses países passem, sempre que possível, por acordos intergovernamentais, dificultando desvios e contrabando. A empresa também pediu aumento de verbas federais para fiscalização e execução das restrições, reforçando que a eficácia da política depende de sua implementação robusta. A proposta está alinhada com o discurso frequente do CEO Dario Amodei, defensor explícito de intervenção estatal na corrida de IA, inclusive por meio de barreiras regulatórias à China.

Em contraste, empresas como Nvidia consideraram as medidas “equivocadas e perigosas para a inovação”, mas a posição da Anthropic reforça a crescente divergência entre fabricantes de hardware e desenvolvedores de modelos sobre como equilibrar segurança nacional e avanço tecnológico. Na prática, a Anthropic se posiciona como agente ativo na formulação de política industrial dos EUA, marcando mais um capítulo na fusão entre IA e geopolítica.

🇧🇷 Novidade do setor para o Brasil 🇧🇷

Mais notícias ao redor do mercado de IAs

Companheiros de IA: por que a interface vai decidir quem vence a próxima era

No ensaio “AI Companions (pt.1)”, James Andrews propõe uma tese provocativa: a próxima revolução em IA de consumo não será sobre qual modelo é mais inteligente, mas sim sobre qual experiência é mais envolvente. Segundo ele, os chatbots atuais, mesmo com avanços técnicos impressionantes, ainda funcionam sob uma lógica utilitária, funcional e... genérica. Como os primeiros computadores usados apenas para planilhas e textos, a IA de hoje está presa a um estágio “pré-Apple”, onde tudo funciona, mas nada emociona. O ponto de virada virá, segundo Andrews, quando surgirem interfaces tão intuitivas e imersivas quanto a roda do iPod ou o GUI do primeiro Mac.

A crítica recai diretamente sobre a crença comum de que a evolução da IA está no aumento de parâmetros ou precisão. Andrews argumenta que o valor de um modelo só é percebido se o usuário souber como acessá-lo emocional e praticamente. E isso não acontece com janelas de chat cinzentas. O sucesso dos “AI companions” depende de uma revolução de design: uma experiência interativa, personalizada, social e intuitiva a ponto de não exigir “prompt engineering”. Para ele, esperar que a Gen Z aprenda a “promptar” é tão improvável quanto esperar que aprendam Photoshop para melhorar posts no Instagram. O futuro da IA passa por experiências moldadas para uso natural, emocional e contínuo.

Ele também aborda um paradoxo: quanto mais genérica é a interface, mais fraca é a relação com a IA. Usuários tratam IAs como ferramentas descartáveis, não como presenças constantes. Se outra IA surgir com uma campanha carismática, como Charli XCX usando Claude em Coachella, muitos migrarão, não por lealdade técnica, mas por conexão cultural. A ideia de que as pessoas criam “relacionamentos” com IAs é válida, mas só se essas IAs deixarem de parecer planilhas com NLP. A experiência molda o hábito, e hábitos moldam permanência. O verdadeiro diferencial competitivo será a qualidade emocional da experiência, não a capacidade técnica isolada.

Por fim, Andrews vislumbra um papel mais profundo para companheiros de IA: não apenas responder perguntas, mas ajudar jovens a descobrir quem são. Em contraste com plataformas como TikTok, que empurram o usuário para fora de si, para comparação e distração, a IA, usada da forma certa, poderia ser um vetor de introspecção, identidade e curiosidade. Se desacoplada dos algoritmos de engajamento tradicionais, a IA tem chance de se tornar algo mais íntimo, mais humano. Uma nova plataforma de relação consigo mesmo e não apenas uma ferramenta que termina sua lição de casa.

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