E aí curioso, seja bem vindo novamente a NoFinn, a sua newsletter diária sobre IA.

Aqui está tudo o que você precisa saber sobre o mercado de inteligência artificial nesta sexta-feira e ir para o fim de semana tranquilo, ou mais pensativo… 👇

🏃TLDR⌚

Além disso, olha o que você verá hoje:

Bora lá?

🛠 Caixa de Ferramentas 🛠

Aqui estão algumas das ferramentas que separei hoje pra você:

OpenAI lança uma versão 'leve' do Deep Research no ChatGPT

A OpenAI anunciou uma versão mais leve do seu recurso Deep Research no ChatGPT, agora disponível para usuários dos planos Plus, Team e Pro e, de forma limitada, para usuários gratuitos também. Essa versão simplificada é alimentada pelo modelo o4-mini, oferecendo respostas mais curtas, mas ainda com boa profundidade e qualidade. A principal vantagem? Custo de operação menor, permitindo aumentar o volume de consultas sem sobrecarregar a infraestrutura. Ainda sim, a OpenAI não informou o quão mais barata esta versão será para a sua operação…

Quando o limite da versão completa do Deep Research é atingido, o sistema alterna automaticamente para a versão lightweight, mantendo a experiência fluida. Essa expansão acontece num momento em que ferramentas de “pesquisa profunda” estão virando tendência em IA, com rivais como o Gemini da Google, o Copilot da Microsoft e o Grok da xAI também apostando em modelos de raciocínio mais estruturado. Para empresas e usuários educacionais, o rollout da versão lightweight está programado para a próxima semana.

No fim das contas, o lançamento reforça a estratégia da OpenAI de democratizar o acesso a ferramentas de pesquisa avançada mesmo que para isso precise calibrar custo, profundidade e escala. Afinal, nem todo prompt precisa gerar uma pesquisa extremamente longa: às vezes, uma resposta ágil e certeira vale mais que 10 páginas de GPT divagando.

CEO da Anthropic quer detectar a maioria dos problemas da IA até 2027

O CEO da Anthropic, Dario Amodei, lançou um ambicioso plano: tornar os modelos de IA interpretáveis até 2027. Em seu novo ensaio “The Urgency of Interpretability”, ele alerta que a indústria está avançando rumo à AGI sem entender como os modelos realmente funcionam por dentro. Segundo Amodei, essa ignorância é “basicamente inaceitável” diante do impacto que esses sistemas terão sobre economia, segurança e política global. A proposta é transformar a interpretação de LLMs em algo mais próximo de um “scanner cerebral” para algoritmos, capaz de identificar erros, mentiras ou até tendências de manipulação.

Embora modelos como o o3 e o o4-mini, da OpenAI, estejam mostrando saltos de performance, nem mesmo seus criadores sabem por que eles “alucinam” mais. Amodei cita descobertas iniciais da Anthropic em "circuitos de raciocínio" que explicam como os modelos tomam decisões simples (como mapear cidades a estados), mas ressalta: isso é só a ponta do iceberg. Há milhões desses circuitos a serem decifrados. Ele defende uma cooperação entre empresas, academia e governos, e sugere que os EUA regulem levemente a área e imponham controles de exportação de chips para a China, para evitar uma corrida global descontrolada.

O plano da Anthropic vai além da segurança: tornar os modelos compreensíveis pode ser também uma vantagem competitiva, especialmente quando a confiança dos usuários se torna um ativo tão valioso quanto a capacidade técnica. Em um mercado obcecado por "modelos mais poderosos", Amodei lança a pergunta certa: será que faz sentido confiar em algo que nem seus criadores compreendem?

ERNIE X1 e 4.5 Turbo: Baidu desafia OpenAI e DeepSeek com IA acessível

O ERNIE X1 Turbo foca em tarefas complexas com um processo lógico estruturado (chain of thought), processamento multimodal refinado e uso de ferramentas, com destaque para áreas como criação literária, geração de código e instruções complexas. Seu custo de tokens é agressivo: US$ 0,14 por milhão de entrada e US$ 0,55 por milhão de saída, cerca de 25% do preço do DeepSeek R1.

Já o ERNIE 4.5 Turbo aposta em velocidade de resposta e versatilidade multimodal, com uma redução de custo de até 80% em relação ao ERNIE 4.5 original. Em benchmarks de tarefas multimodais, superou o GPT-4o da OpenAI, com pontuação média de 77,68 contra 72,76. Os custos também impressionam: US$ 0,11 por milhão de entrada e US$ 0,44 por milhão de saída, cerca de 40% do valor do DeepSeek V3. Baidu posiciona os modelos como alternativa robusta para empresas e desenvolvedores que buscam equilíbrio entre capacidade e acessibilidade.

O lançamento representa mais do que uma atualização técnica: é um movimento estratégico para democratizar o acesso a modelos avançados e desafiar gigantes como OpenAI, Anthropic e DeepSeek. Com foco em performance real e redução de barreiras de entrada, a Baidu quer transformar seus LLMs Turbo em ferramentas de massa para desenvolvedores e negócios com o melhor custo-benefício do mercado de IA em 2025.

🇧🇷 Novidade do setor para o Brasil 🇧🇷

Mais notícias ao redor do mercado de IAs

Aumento nos golpes com IA: Microsoft revela US$ 4 bilhões em fraudes frustradas

A Microsoft revelou que bloqueou mais de US$ 4 bilhões em tentativas de fraude automatizada com IA apenas no último ano, segundo o mais recente relatório Cyber Signals #9. A empresa detectou e impediu cerca de 1,6 milhão de tentativas de cadastro por bots a cada hora, sinalizando o avanço exponencial dos golpes baseados em IA generativa. O relatório, intitulado “AI-powered deception”, descreve como ferramentas de IA estão democratizando o cibercrime, permitindo que até agentes com baixa qualificação técnica executem esquemas sofisticados com rapidez, realismo e impacto global. A fraude digital, que antes exigia dias de preparo, hoje pode ser lançada em minutos e em escala industrial.

Entre os principais vetores de ataque estão fraudes em e-commerce e falsas oportunidades de emprego, amplificadas por conteúdo gerado por IA: lojas falsas com descrições de produtos, imagens e reviews fabricados, chatbots que replicam padrões humanos para adiar estornos, e entrevistas automatizadas que simulam interações legítimas com empresas. Segundo a Microsoft, criminosos também criam perfis falsos com credenciais roubadas e utilizam e-mails gerados por IA para atrair vítimas. A combinação de realismo, velocidade e automação cria um cenário onde golpes parecem legítimos até para usuários experientes tornando a distinção entre “o que é real” e “o que é fraudado” cada vez mais difícil.

O relatório alerta para a atuação crescente de agentes baseados na China e em partes da Europa, com destaque para a Alemanha, que, como grande mercado de e-commerce, torna-se terreno fértil para ataques. E com a ascensão da IA multimodal, que permite sintetizar texto, imagem, vídeo e áudio, o cenário pode piorar. A Microsoft ressalta que o tamanho de um marketplace digital está diretamente correlacionado ao volume de fraude que ele atrai ou seja, quanto maior a plataforma, maior a exposição. Por isso, a companhia defende que IA deve ser usada não apenas como defesa, mas como arma estratégica na detecção de fraudes emergentes.

Como resposta, a empresa vem adotando uma abordagem multiponto: reforço no Microsoft Defender para Azure, recursos antifraude embarcados no navegador Edge, detecção de phishing e fraudes por IA em tempo real, e a nova política “fraude-resistente por design” da Secure Future Initiative. A partir de 2025, todas as equipes da Microsoft são obrigadas a incorporar auditorias e controles antifraude no ciclo de vida de seus produtos. A era do cybercrime automatizado já chegou, e as empresas que não estiverem dispostas a incluir IA nas suas defesas estão destinadas a operar em desvantagem tanto em segurança quanto em confiança.

Conteúdos extras para você

Isso é tudo por hoje!

Não perca nada!

Para mais notícias sobre IA, fique atento na sua caixa de entrada todos os dias!

Caso tenha interesse, tenho outros conteúdos já publicados. Dê uma olhada.