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Aprimoramento da pesquisa científica com IA vem aí 🥼

Google adiciona visão à sua IA médica, Nvidia confronta opinião da Anthropic sobre tarifas para chips de IA & mais

E aí curioso, seja bem vindo novamente a NoFinn, a sua newsletter diária sobre IA.

E aqui está a sua dose de hoje 👇

🏃TLDR

🥼 FutureHouse lança plataforma com agentes de IA que caçam papers e sugerem moléculas. Financiado por Eric Schmidt, o laboratório liberou agentes como Crow, Owl e Phoenix para vasculhar literatura científica e propor descobertas via web ou API. A promessa é exército de pós-docs digitais para acelerar pesquisa, mesmo que alguns ainda escorreguem em reações químicas…

👁️ Google transforma sua IA médica em um residente digital com visão integrada. A nova versão da AMIE agora interpreta imagens médicas além de texto, e já iguala ou supera médicos generalistas em diagnóstico e plano de tratamento…

💥 Anthropic e Nvidia trocam farpas sobre proibição de chips de IA para a China. Anthropic apoia restrições rígidas para conter contrabando de GPUs, enquanto a Nvidia defende inovação sem bloqueios e alerta para prejuízo bilionário…

🧠 AGI ainda não existe ou pensa como a gente, mas já molda a conversa global. O artigo da Cointelegraph reforça: a AGI é um salto de paradigma, e não uma evolução natural dos modelos atuais. Ainda sem consciência ou emoção real, o que temos é simulação sofisticada. Mesmo assim, o debate sobre ética, controle e impacto já é urgente, mesmo que ela ainda não exista…

Além disso, olha o que você verá hoje:

Bora lá?

🛠 Caixa de Ferramentas 🛠

Aqui estão algumas das ferramentas que separei hoje pra você:

  • Integrations by Anthropic - Integrações, para conectar seus aplicativos e ferramentas ao Claude.

  • PromptPerf - O PromptPerf permite testar um prompt em GPT-4o, GPT-4 e GPT-3.5 e comparar os resultados com a saída esperada usando pontuação de similaridade.

  • Superexpert AI - Uma plataforma gratuita, de código aberto e web para agentes de IA corporativos.

  • Vapi - Agentes de IA de voz para desenvolvedores. Vapi fornece tudo o que é necessário para construir, testar e implementar um agente de voz.

FutureHouse quer revolucionar a descoberta científica com agentes de IA superinteligentes

Na teoria, esse quarteto já busca, filtra e resume papers com precisão “acima de PhD”, graças a bases exclusivas e um passo‑a‑passo de raciocínio que qualquer usuário pode auditar. Se der certo, o gargalo de ler 38 milhões de artigos vira história, mas vale lembrar que a startup ainda não entregou um “Eureka!” inédito, e até admite que Phoenix, o químico da turma, pode escorregar em algumas reações. Pense nisso como um Waze para o lab: ótimo para achar o caminho, mas não garante que a ponte esteja pronta.

O movimento esquenta a corrida dos “AI‑cientistas”, onde Google, Anthropic e outras já ensaiam seus robôs de jaleco. Por ora, a aposta é que integrar IA, bancos de dados e até um laboratório molhado próprio em San Francisco acelere descobertas do tipo “cura do Alzheimer” antes que a paciência (ou o funding) acabe. Quem vencer, transforma ciência em sprint, quem perder, segue lendo PDF na unha.

De chatbot a clínico multimídia: o salto da AMIE com Gemini

O Google aprimorou a visão da AMIE (Articulate Medical Intelligence Explorer): o agente agora pede, interpreta e raciocina sobre imagens médicas, de fotos de pele a ECGs, dentro do mesmo bate‑papo onde já fazia anamnese textual. Nos testes estilo OSCE, essa versão multimodal igualou ou superou médicos de atenção primária em diagnóstico, plano de tratamento e até empatia, graças ao motor Gemini que troca de marcha conforme a fase da consulta.

Na prática, é como promover o estagiário brilhante a residente, ele continua sem carimbo no CRM, mas já enxerga exames e sugere condutas que poupam hora‑médico e podem turbinar telemedicina. Ainda assim, os próprios pesquisadores admitem que o laboratório é um ambiente bem mais controlado que um pronto‑socorro de verdade; até o melhor GPS falha se a rua não existir.

O upgrade esquenta a disputa dos “médicos de silício”: Microsoft, Anthropic e startups como Hippocratic já correm atrás, enquanto a Nature publicou em abril que a versão só‑texto da AMIE bateu clínicos em 30 de 32 métricas. Agora, com visão integrada e modelo Gemini 2.5 no horizonte, a pergunta não é mais se a IA vai para a sala de consulta, mas quem vai segurar o estetoscópio.

Exportar ou travar? Nvidia critica o apoio da Anthropic aos controles de exportação de chips de IA

Anthropic argumenta que bloqueios mais rígidos fecham o contrabando de GPUs “em barrigas de grávida ou junto a lagostas vivas”; Nvidia retrucou que a indústria deveria “inovar, não dramatizar” e lembrou que metade dos pesquisadores de IA do planeta está na China, portanto regulações não derrubariam a concorrência por decreto.

Para a fabricante, a conversa pesa no bolso: só a nova licença exigida para vender o chip H20 na China pode rasgar US$ 5,5 bi do faturamento do 1º trimestre fiscal de 2026. Anthropic, por outro lado, insiste que controlar silício sensível é como vigiar urânio: melhor prevenir agora do que brigar por liderança depois. No fundo, é a velha disputa entre quem vende pá e quem teme que o ouro acabe, e desta vez o garimpo é em data centers.

🇧🇷 Novidade do setor para o Brasil 🇧🇷

Mais notícias ao redor do mercado de IAs

Inteligência artificial geral (AGI): pode realmente pensar como um humano?

A promessa da Inteligência Artificial Geral (AGI), uma IA que pensa, aprende e age com a mesma flexibilidade de um ser humano continua alimentando expectativas, especulações e debates acalorados. O artigo da Cointelegraph aborda essa possibilidade a partir de uma premissa direta: AGI não é uma versão melhorada da IA que conhecemos hoje é um salto de paradigma. Ao contrário das IAs atuais (as chamadas ANI, ou inteligências artificiais estreitas), que resolvem tarefas específicas como tradução de texto, reconhecimento de padrões ou recomendação de conteúdo, a AGI pretende ser capaz de aprender qualquer tarefa intelectual humana sem supervisão direta.

Em teoria, uma AGI poderia aprender com a experiência, adaptar-se a novos contextos, desenvolver raciocínio lógico e até interpretar nuances emocionais e culturais. Ela não dependeria de bases de dados específicas ou regras fixas, mas sim de um modelo de mundo dinâmico, adquirido com observação, tentativa e erro, como fazemos ao longo da vida. No entanto, como aponta o artigo, essa visão ainda está longe de se concretizar tecnicamente. Embora avanços em redes neurais, NLP e aprendizagem por reforço tenham aproximado a IA de certas capacidades humanas, as lacunas cognitivas ainda são vastas: consciência, criatividade real, subjetividade e senso moral permanecem como fronteiras intransponíveis, pelo menos por enquanto.

O artigo destaca que um dos grandes desafios da AGI não é apenas técnico, mas filosófico e conceitual. O que significa “pensar como um humano”? Ter memória autobiográfica? Sentir emoções? Criar por impulso subjetivo? A IA pode simular todos esses elementos, mas simular não é o mesmo que experimentar. E é justamente nessa distinção que reside o principal ceticismo: será que alguma vez será possível codificar empatia, desejo ou autoconsciência? A IA pode produzir poemas, mas não sente arrependimento, não sonha nem deseja. Pode reconhecer tristeza no tom de voz, mas não chora nem consola com sinceridade.

Mesmo com essas limitações, o potencial da AGI já acende alertas e entusiasmos em escala global. O texto da Cointelegraph sugere que blockchains podem ajudar a estruturar um “sistema nervoso verificável” para a AGI, com auditoria sobre seus aprendizados, garantias de segurança, regras de alinhamento e trilhas de responsabilidade. É uma tentativa de resolver um dilema ético antes que ele se concretize: como confiar em uma inteligência que pode superar a nossa, mas que ninguém realmente compreende? A ideia de usar smart contracts, logs imutáveis e validação distribuída mostra que, mesmo que a AGI ainda não tenha chegado, a disputa pelo controle sobre ela já começou.

No final, o texto joga luz sobre a tensão central que define o campo hoje: a AGI não precisa existir para provocar efeitos reais no presente. Seja no imaginário das big techs, nos laboratórios de pesquisa ou nos mercados especulativos que conectam IA e cripto, a ideia de uma mente artificial geral já atua como um motor de inovação, e de medo. Enquanto seguimos tentando ensinar máquinas a pensar, talvez o que mais estejamos aprendendo seja o que significa, afinal, pensar como humanos.

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