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Google lança nova iniciativa para apoiar startups que desenvolvem IA

O Google anunciou o AI Futures Fund, uma iniciativa que une investimento de capital, acesso antecipado a modelos de IA e suporte técnico direto para impulsionar startups que estão construindo produtos com IA de ponta. A proposta vai além do tradicional modelo de aceleração: trata-se de um esforço articulado entre Google DeepMind, Google Labs e Google Cloud para identificar fundadores ambiciosos e colocá-los na frente da corrida tecnológica, com foco em aplicações que alavanquem os modelos da casa, como Gemini, Imagen (geração de imagem) e Veo (vídeo).

O pacote oferecido inclui:

• Acesso antecipado aos modelos do Google DeepMind, como Gemini, Imagen e Veo;

• Colaboração direta com engenheiros, pesquisadores e designers da Google;

• Créditos em Google Cloud e suporte técnico dedicado;

• Investimento direto em equity, para startups com alto potencial de escala.

Entre os primeiros participantes estão:

• Toonsutra, app indiano de webtoons que usa Gemini para tradução multilingue;

• Viggle, plataforma de memes em vídeo que explora geração visual com Veo;

• Rooms, ambiente 3D interativo com conteúdo criado por IA e suporte Gemini.

O AI Futures Fund é mais do que uma vitrine de boas práticas: é um sinal de que o Google está apostando em uma rede distribuída de inovação, mas sob seu próprio ecossistema de IA. Em vez de criar tudo internamente, a empresa agora quer ser a fundação invisível das ideias de terceiros, desde que esses terceiros estejam ancorados nos seus modelos, sua nuvem e sua visão estratégica.

Tarifa, incerteza e cautela: por que o Stargate da OpenAI emperrou

O ambicioso projeto Stargate, da OpenAI, que visa construir uma megaestrutura de data centers nos EUA e em outros países, está enfrentando atrasos e dificuldades de financiamento, segundo fontes próximas à operação. A causa principal são as tarifas de importação e incerteza econômica, que estão espantando investidores e elevando os custos logísticos e de hardware. O plano original previa a captação de US$ 500 milhões com apoio de bancos, fundos de private equity e gigantes como SoftBank, que até agora não formalizou um modelo de financiamento nem avançou em negociações concretas com outros players.

Segundo análise da TD Cowen, tarifas sobre racks, sistemas de refrigeração, chips e infraestrutura podem aumentar os custos de construção dos data centers entre 5% e 15%. Em um cenário de compressão de margens e concorrência acirrada, com players como Microsoft e Amazon recuando em seus próprios planos de expansão física. Esse tipo de aumento é suficiente para esfriar o apetite de capital. A situação é agravada pela percepção de potencial sobrecapacidade: muitos investidores temem um cenário de infraestrutura excessiva e subutilizada, o que tornaria o retorno lento ou incerto.

Stargate é uma peça central na estratégia de independência computacional da OpenAI, que quer deixar de depender da infraestrutura da Microsoft Azure e construir sua própria base para suportar os futuros modelos de AGI. O projeto, no entanto, colide com a realidade dura da política industrial americana e da volatilidade macroeconômica global. O resultado é um paradoxo: quanto mais urgente a construção de superinfraestrutura para IA, mais difícil se torna financiá-la, justamente por ela ser tão estratégica.

A Perplexity AI quer levantar US$ 500 milhões buscando avaliação de US$ 14 bilhões

Embora o valor seja expressivo, ele ficou abaixo da meta inicial de até US$ 1 bilhão em capital novo e valuation de US$ 18 bilhões, segundo fontes próximas. Mesmo assim, representa um salto relevante: em dezembro de 2024, a empresa valia US$ 9 bilhões e em junho do mesmo ano, apenas US$ 3 bilhões.

O crescimento vertiginoso se deve ao posicionamento da Perplexity como mecanismo de busca baseado em IA generativa, com cerca de US$ 100 milhões em receita recorrente anual (ARR). A empresa aposta agora no lançamento do seu agente navegador chamado Comet, um assistente que combina navegação em tempo real com geração de respostas estruturadas, mirando diretamente o espaço ocupado por ChatGPT Search, Claude Web Search e o AI Overview do Google. A competição é feroz, com cada player tentando tornar a IA a principal interface de acesso ao conhecimento público.

Perplexity se destaca por ser enxuta, focada e independente, sem os legados complexos de big techs como Microsoft ou Google. Mas esse mesmo foco exige que acerte no timing e na execução, especialmente agora que rivais como Anthropic e OpenAI oferecem recursos similares integrados a ecossistemas maiores. Com o Comet no radar, a Perplexity tenta se posicionar como o “novo Google” para a era pós-link, onde a resposta vem pronta e não como uma lista de páginas azuis.

🇧🇷 Novidade do setor para o Brasil 🇧🇷

Mais notícias ao redor do mercado de IAs

Pequenas empresas foram seduzidas pela IA e agora lidam com o custo da ilusão

Apesar do hype crescente sobre automação total com IA, a realidade para a maioria das pequenas e médias empresas (PMEs) ainda é de distância prática e ceticismo estratégico. Gene Marks, colunista e empresário, sustenta que a tecnologia simplesmente ainda não está madura, acessível ou confiável o suficiente para substituir humanos em funções cruciais. Um exemplo emblemático é o uso de IA generativa como o ChatGPT para tarefas simples, como buscas estruturadas ou geração de conteúdo, que são úteis, mas não passam de um “Google tunado”.

Marks alerta para três grandes obstáculos:

1 - Tecnologia imatura e pouco confiável, mesmo quando embutida em ferramentas populares como Salesforce ou Microsoft 365;

2 - Preocupação com privacidade e propriedade de dados, já que adotar IA exige entregar dados valiosos a big techs com promessas de segurança questionáveis; e

3 - Custo proibitivo. Enquanto gigantes como Klarna, Meta e JP Morgan podem bancar sistemas próprios com dezenas de milhões de dólares, PMEs operam com infraestrutura dispersa e poucos recursos técnicos.

Resultado: a IA atual é uma aposta corporativa, não uma ferramenta para o dono da padaria ou da pequena agência.

Um estudo citado na reportagem, feito com mais de mil empresas, mostra que muitos gestores se arrependeram de demitir funcionários com base na falsa premissa de que a IA já poderia assumir o trabalho com eficiência. O autor conclui que o futuro da automação vai sim chegar. Robôs, bots, agentes e IA serão comuns, mas o “futuro” ainda não é hoje. Empresários realistas estão observando, testando e esperando.

A IA vai dominar tudo! 😱

Vulcan, o novo robô da Amazon com sensibilidade ao toque e que está mirando a substituição de trabalhadores humanos…

E ela já aprendeu a usar o “tato”. Literalmente. A Amazon acaba de revelar o Vulcan, seu primeiro robô com capacidade sensorial de toque físico, ou seja, não só vê como também sente os objetos ao redor. Equipado com sensores de força e uma “mão” que mais parece uma chapinha com régua embutida, o Vulcan consegue manipular mercadorias com cuidado suficiente para não esmagar sua encomenda de pasta de dente, enquanto decide onde colocá-la em uma prateleira de tecido apertada.

O resultado é um robô que realiza 75% das tarefas de picking e armazenamento nos centros de distribuição, em velocidades semelhantes às dos humanos, mas sem precisar descer da escada ou pedir folga. Ele já está operando nos EUA e na Alemanha, e a Amazon planeja escalar sua presença em larga escala. Claro, tudo em nome da “eficiência” e “segurança dos trabalhadores” (que agora podem se dedicar a novas funções como monitores de robôs, engenheiros de confiabilidade... ou candidatos à obsolescência gradual). O toque humano agora é algoritmo. Literalmente.

Entenda melhor como o Vulcan funciona, clicando aqui.

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