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Google I/O 2025: De novidades para o audiovisual, até mudanças de paradigma que colocam a IA ao centro de todo um ecossistema 🌐

Perplexity se prepara para entrar no mercado de navegadores, Elon Musk quer continuar comprando da Nvidia e AMD, China reage ás restrições de chips de IA dos EUA & mais

E aí curioso, seja bem vindo novamente a NoFinn, a sua newsletter diária sobre IA.

Vem conferir o que eu separei para você hoje 👇

🏃TLDR

💰 Perplexity compra navegador Sidekick e prepara ataque ao Google com IA integrada à navegação. A startup adquiriu a Sidekick para transformar busca em experiência contínua e assistida. Com IA nativa no navegador, a Perplexity entra na disputa por atenção do usuário com Arc, Google e Microsoft, prometendo controle, transparência e automação em tempo real…

👀 Elon Musk promete continuar comprando GPUs da Nvidia e AMD, e revela plano para 1 milhão de chips. Musk confirmou que xAI continuará usando Nvidia e AMD, apesar do supercomputador Dojo da Tesla. A xAI já opera o Colossus com 200 mil GPUs e planeja expandir para 1 milhão. Grupos ambientais questionam o impacto da infraestrutura movida a gás natural…

🇨🇳 💥 🇺🇸 China reage às restrições dos EUA e acusa Washington de 'bullying tecnológico'. Pequim exige que os EUA revertam as sanções aos chips de IA e alerta que tomará medidas. Ao tentar conter a China, os EUA podem ter acelerado sua autonomia tecnológica, um tiro que pode sair pela culatra, segundo analistas…

🚀 O Google I/O 2025 foi menos sobre produtos isolados e mais sobre uma mudança de paradigma: a proposta de que a IA se torne a nova camada operacional da web e dos dispositivos, invisível, proativa e cada vez mais autônoma. Essa visão se concretiza em três grandes frentes: modelos Gemini integrados em tudo, agentes IA que agem por conta própria e produtividade criativa com multimodalidade real…

Além disso, olha o que você verá hoje:

Bora lá?

🛠 Caixa de Ferramentas 🛠

Aqui estão as ferramentas que separei hoje para você:

  • Notion AI Enterprise Search - Oferece a capacidade de pesquisar em aplicativos, PDFs e bancos de dados.

  • Amie - Anotador de reuniões de IA.

  • eSelf - eSelf permite criar avatares de IA. Multilíngue e independente de LLM, impulsionada por recursos visuais em tempo real e IA expressiva.

  • Overlap AI - Agente de marketing de vídeo multimodal, que edita vídeos, cria legendas e publica automaticamente. Crie um fluxo de trabalho com o agente, insira um link ou arquivo, obtenha clipes e publique instantaneamente no TikTok, Reels, Shorts e X.

Perplexity compra a startup Sidekick, desenvolvedora de um navegador com IA

A Perplexity anunciou a aquisição da Sidekick, um navegador impulsionado por IA com foco em produtividade, organização de abas e integração de ferramentas. A decisão é estratégica: Sidekick já oferecia pesquisa inteligente, dashboards personalizáveis e sugestões baseadas em hábitos de navegação, e agora se torna a base para um novo tipo de navegação, onde pesquisar, navegar e agir convergem numa mesma experiência. A ideia é clara: transformar o navegador em assistente digital contínuo, não só uma janela para a web.

A integração vai além da interface. A Perplexity quer fundir seu motor de busca com IA à estrutura do navegador, criando um ecossistema onde busca conversacional, automação e personalização em tempo real se combinam. A Sidekick já se destacava por transparência na coleta de dados, um ponto que a Perplexity promete manter e ampliar, mirando usuários que valorizam privacidade, mas também eficiência. Com isso, a empresa entra de vez na disputa com Google, Microsoft e Arc, disputando não só a busca, mas o tempo de tela e a atenção do usuário.

Elon Musk diz que a xAI espera continuar comprando GPUs da Nvidia e da AMD

Elon Musk confirmou que xAI e Tesla continuarão comprando chips da Nvidia e AMD, apesar da tentativa de verticalização com o supercomputador Dojo. Em entrevista à CNBC, Musk revelou que a xAI já opera um cluster com 200 mil GPUs no Colossus, em Memphis, que, segundo ele, é hoje “o maior sistema de treinamento do mundo”. E a ambição não para aí: a empresa já está planejando uma instalação com 1 milhão de GPUs, também no Tennessee. Musk reiterou que "chips serão o verdadeiro gargalo da IA nos próximos anos", e que, por isso, vai continuar investindo pesado em fornecedores externos, mesmo tendo seu próprio hardware.

A fala também reforça a tensão interna entre Tesla e xAI: no ano passado, Musk teria priorizado o envio de chips para sua empresa de IA em detrimento da Tesla, o que gerou críticas entre executivos e investidores. No lado da Tesla, o supercomputador Dojo, operando em Buffalo, segue sendo usado para treinar o Autopilot e o robô Optimus, mas em escala bem menor. Já o Colossus, da xAI, tem sido acusado de causar impactos ambientais significativos: a operação depende de turbinas a gás natural, que emitem óxidos de nitrogênio (NOx), compostos associados a doenças respiratórias e possíveis violações da Lei do Ar Limpo dos EUA, segundo grupos ambientais locais.

China pede aos EUA que corrijam 'irregularidades' na restrição de chips de IA

O Ministério das Relações Exteriores da China classificou as medidas como "bullying tecnológico" e advertiu que Pequim tomará “todas as medidas necessárias” para proteger seus interesses. A disputa intensifica a corrida por soberania tecnológica, especialmente em semicondutores avançados, área estratégica para IA e computação de ponta.

O artigo de Silvio Meira amplia essa visão com um argumento provocativo: os EUA, ao tentar conter a China, podem estar acelerando seu avanço. Empresas como Tencent, Huawei e SMIC já se adaptaram com rapidez, acumulando estoques, adotando arquiteturas mais eficientes e investindo em produção local. A SMIC, por exemplo, já fabrica chips de 7nm em tempo recorde. A hipótese mais alarmante: dentro de alguns anos, a China poderá impor suas próprias restrições ao Ocidente. Ao invés de conter, os EUA criaram um “efeito bumerangue” que reforçou a resiliência e inovação estratégica chinesa, e abriram caminho para uma bifurcação tecnológica global que os coloca em risco de perder a dianteira.

🇧🇷 Novidade do setor para o Brasil 🇧🇷

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Google I/O 2025: Os principais lançamentos

O Google I/O 2025 foi menos sobre produtos isolados e mais sobre uma mudança de paradigma: a proposta de que a IA se torne a nova camada operacional da web e dos dispositivos, invisível, proativa e cada vez mais autônoma. Essa visão se concretiza em três grandes frentes: modelos Gemini integrados em tudo, agentes IA que agem por conta própria e produtividade criativa com multimodalidade real.

O foco central foi a família Gemini, agora com modelos mais rápidos, acessíveis e conectados a quase todos os produtos da empresa. Entre os destaques: o Gemini 2.5 Pro ganhou o modo “Deep Think” para raciocínio avançado, enquanto o Gemini 2.5 Flash foca em velocidade com baixo custo. Ambos já são integrados ao Gemini App, Chrome, Gmail, Meet, Drive e até ao novo modo IA do Google Search, que se torna default nos EUA, com recursos de shopping, gráficos e “agentic checkout”.

No hardware, o projeto Beam (ex-Starline) leva chamadas 3D com IA para escritórios corporativos, enquanto o Projeto Aura foca em óculos inteligentes com Android XR, em parceria com Samsung e Xreal. Em paralelo, o Project Astra agora age de forma autônoma com base em contexto visual, apontando erros e sugerindo ações mesmo sem ser chamado. Já o Project Mariner, novo agente de navegação com IA, pode executar até 10 tarefas online por vez e é o embrião de um browser-agente multitarefa.

No campo criativo, surgiram três novidades poderosas:

Imagen 4 (gerador de imagens com mais controle e formatos) 

Prometendo resultados significativamente superiores ao Imagen 3 em velocidade e qualidade, com destaque para detalhes finos como texturas de tecido, gotas d’água e pelagens realistas, além de suporte a estilos fotográficos e abstratos em até 2K de resolução; também aprimorou a renderização de textos e tipografias, tornando-o ideal para apresentações, convites e materiais visuais integrados ao Google Workspace, como Slides, Docs e Vids. O modelo já está disponível via app Gemini, Whisk e Vertex AI, e uma versão 10 vezes mais rápida deve chegar em breve, sinal de que o Google quer disputar espaço direto com Midjourney, DALL·E e os demais players no campo da geração visual.

Veo 3 (gerador de vídeo e áudio com direção de câmera) 

A DeepMind lançou oficialmente o Veo 3, seu novo modelo de geração de vídeo por IA, capaz de produzir clipes em até 4K de resolução com realismo físico, áudio sincronizado e altíssimo controle criativo, incluindo direção de câmera, estilos visuais, consistência entre quadros e fidelidade a prompts complexos; ele representa um salto em relação ao Veo 2, que também ganhou atualizações, e já está disponível para testes dentro do app Google Flow. Com melhorias em aderência ao prompt e simulação de física do mundo real, o Veo 3 posiciona o Google como um dos líderes na corrida contra modelos como o Sora (OpenAI) e Runway, aproximando a geração de vídeo da linguagem natural de uma ferramenta de produção cinematográfica escalável.

O novo app Flow

Uma nova ferramenta de criação cinematográfica com IA, projetada para funcionar em conjunto com seus modelos mais avançados, Veo 3, Imagen e Gemini, permitindo que cineastas criem cenas, personagens e transições com realismo cinematográfico, controle de câmera e continuidade visual. O Flow combina comandos em linguagem natural com recursos de edição e design, e oferece ainda o Flow TV, uma galeria de vídeos gerados por IA com os prompts utilizados, promovendo aprendizado criativo entre usuários; disponível nos planos Google AI Pro e Ultra nos EUA, a ferramenta marca a transição da IA generativa de imagem e vídeo para um ambiente de produção multimodal completo, com potencial para transformar o fluxo de trabalho de artistas visuais, diretores e criadores de conteúdo.

Outros destaques incluem:

Modelo de IA leve e multimodal que pode rodar localmente em smartphones, tablets e laptops com menos de 2GB de RAM, sem depender da nuvem, permitindo tarefas com texto, áudio, imagens e vídeo, reforçando a estratégia do Google de IA distribuída com foco em privacidade e acessibilidade. A companhia também lançou o MedGemma, voltado para aplicações de saúde com interpretação de texto e imagens médicas, e o futuro SignGemma, para tradução de linguagem de sinais, posicionando a família Gemma como um ecossistema de modelos abertos (ainda que sob licenças criticadas) com foco em edge computing e inclusão digital.

A nova funcionalidade de Video Overviews, permite transformar conteúdos densos como PDFs, anotações ou imagens em apresentações visuais digeríveis por IA, adicionando uma camada audiovisual à já existente opção de resumos em áudio. Usuários agora também podem ajustar a duração dos áudios e utilizar o app em iOS e Android com suporte offline, reprodução em segundo plano e integração com links, vídeos e documentos, sinalizando que o NotebookLM está evoluindo para ser um verdadeiro assistente multimodal de estudo e pesquisa portátil.

Uma nova ferramenta experimental criada no Google Labs que permite transformar descrições em linguagem natural e imagens em interfaces de usuário funcionais e código front-end em minutos, integrando IA multimodal com Gemini 2.5 Pro; o Stitch gera UIs a partir de prompts de texto, wireframes ou imagens, oferece variações rápidas para iteração criativa, exporta código limpo e ainda conta com integração direta com o Figma, prometendo acelerar o ciclo entre design e desenvolvimento para designers, devs e criadores que buscam prototipar apps e interfaces com fluidez e sem barreiras técnicas.

Também foi anunciado o AI Ultra, seu novo plano de assinatura premium por US$ 249,99/mês que oferece acesso máximo aos modelos mais avançados da empresa, como Gemini Ultra, Veo 3 e Imagen 4, além de ferramentas exclusivas como Flow (IA para filmes), Whisk (animações), NotebookLM com limites ampliados e integração profunda com Gmail, Docs, Vids e Chrome; usuários também ganham 30 TB de armazenamento, plano YouTube Premium incluso e acesso ao agente multitarefa Project Mariner, que gerencia até 10 tarefas simultâneas online; com isso, o Google transforma o AI Ultra em um “passe VIP” para criadores, devs e pesquisadores que querem estar na fronteira da IA generativa multimodal e operacional.

O recado da I/O 2025 é claro: o Google está deixando de ser uma “janela de busca” para se tornar um operador ativo da vida digital. Seus modelos estão mais rápidos, mais disponíveis, mais personalizados, e cada vez mais capazes de tomar decisões, iniciar ações e interagir com contexto multimodal. No fundo, a empresa está tentando liderar uma nova era onde IA não é só utilitária, mas integrada e quase invisível.

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