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Enquanto a OpenAI lança novos modelos, fecha novas parcerias estratégicas e aumenta a adesão do seu modelo de pesquisa na Europa, o mercado de IA no oriente também não para de se mover. O nome de hoje é a Huawei que está se preparando para a distribuição em massa de novos chips de IA, buscando de aproveitar das sanções dos EUA e aumentar seu domínio sobre o mercado chinês. Confira em detalhes 👇

🏃TLDR⌚

Além disso, olha o que você verá hoje:

Bora lá?

🛠 Caixa de Ferramentas 🛠

Aqui estão algumas das ferramentas que separei hoje pra você:

IA e jornalismo: O Washington Post faz parceria com a OpenAI para conteúdo de pesquisa

O The Washington Post fechou uma parceria com a OpenAI para exibir seus conteúdos diretamente nas respostas do ChatGPT. A colaboração garante que resumos, citações e links para reportagens completas do jornal sejam incluídos nas buscas feitas por usuários sobre temas como política, negócios, tecnologia e assuntos globais, sempre com atribuição clara. A ideia é ampliar o acesso a informações confiáveis em tempo real, especialmente em temas complexos ou sensíveis.

Segundo os executivos das duas empresas, a medida reforça o compromisso mútuo com informação de qualidade, numa era onde desinformação e conteúdo automatizado se misturam com facilidade. Essa aliança se junta a outras 20 parcerias da OpenAI com veículos jornalísticos em mais de 20 idiomas, num movimento que transforma o ChatGPT também em agregador de jornalismo verificado. Para o Post, a iniciativa se alinha a outros projetos de IA que já desenvolveu internamente, como Ask The Post AI, Climate Answers e o motor de resumos Haystacker.

Huawei prepara novo chip de IA enquanto a China busca alternativas à Nvidia

A Huawei está prestes a iniciar o envio em massa do chip Ascend 910C, sua nova aposta em inteligência artificial, que promete dobrar o desempenho da geração anterior e competir diretamente com o Nvidia H100. O movimento chega em um momento estratégico: após as restrições impostas pelos EUA à exportação de chips da Nvidia para a China, como o H20, empresas chinesas correm para substituir a dependência por soluções locais e a Huawei parece pronta para ocupar esse espaço.

Com integração otimizada e performance de ponta, o chip 910C deve ser adotado por startups de IA e grandes provedores chineses de nuvem, acelerando o ecossistema interno de IA do país. A China representa 13% da receita da Nvidia (cerca de US$ 17 bilhões anuais), e o impacto da substituição já se reflete no mercado: a Nvidia perdeu bilhões em valor de mercado nas últimas semanas. Em resumo, a ascensão da Huawei pode marcar um ponto de virada na soberania tecnológica chinesa, com IA se tornando um vetor estratégico ainda mais explícito.

A pesquisa do ChatGPT está crescendo rapidamente na Europa, sugerem dados da OpenAI

A divulgação faz parte das exigências do Digital Services Act (DSA), que regula grandes plataformas online no bloco europeu.

Se o crescimento continuar, o ChatGPT Search pode ser classificado como uma “plataforma muito grande” (mais de 45 milhões de usuários mensais), o que implica novas obrigações: permitir opt-out de algoritmos de recomendação, compartilhar dados com reguladores e passar por auditorias externas. Apesar do avanço, o ChatGPT ainda está longe de ameaçar o Google, que realiza 373 vezes mais buscas. E há alertas: estudos mostram que a IA erra em até 67% das respostas sobre artigos jornalísticos, o que reacende o debate sobre confiabilidade e responsabilidade nas buscas baseadas em IA.

🇧🇷 Novidade do setor para o Brasil 🇧🇷

Mais notícias ao redor do mercado de IAs

A IA que nunca dorme: o futuro da economia "sempre ligada”

No artigo da Sequoia Capital, o investidor Konstantine Buhler descreve como, nos próximos 5 a 7 anos, a inteligência artificial não precisará ser geral (AGI) para causar disrupção total. Basta que ela remova um elemento antigo e limitante da economia: o tempo. A chamada “economia always-on” já está surgindo, com IA tornando operações contínuas em áreas como saúde, segurança, suporte ao cliente, educação e manufatura. O foco não é substituir humanos, mas permitir que empresas operem 24/7 com eficiência, usando IA para manter vigilância, tomar decisões, oferecer suporte ou gerar conteúdo, mesmo quando ninguém está no escritório.

Casos reais já mostram essa transição: a Viz AI faz diagnósticos de AVC em tempo real em 40% dos hospitais americanos; a Commure monitora pacientes remotamente; sistemas de segurança como Verkada e Peregrine processam milhares de câmeras e dados policiais sem parar; e agentes de RH com IA já permitem entrevistas a qualquer hora. Na educação, ChatGPT virou tutor de plantão. Na logística, cobots colaboram com humanos para manter produção contínua. O impacto disso? Mudança nos padrões de trabalho, colapso da ideia de "horário comercial", globalização em tempo real e reconfiguração de preços e demandas.

A tese central é que a próxima revolução não será sobre IAs mais inteligentes, mas sobre IAs que nunca dormem e que redefinem quando, como e com quem o valor é gerado. Organizações que entenderem esse ritmo e adaptarem suas operações a ele sairão na frente. Não por terem mais IA, mas por saberem integrá-la de forma híbrida, contínua e humana.

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