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Microsoft e OpenAI negociam nova parceria 🤝

Grok e seus prompts pró Musk, Trump demite diretora do Copyright Office após conflito de interesses com IA & mais

E aí curioso, seja bem vindo a Nofinn, sua newsletter diária sobre IA!

Para começar a semana, aqui estão as principais novidades do mercado para você!

🏃TLDR

🤝 Microsoft e OpenAI renegociam parceria bilionária, com tensão pós-Stargate. A reestruturação da OpenAI como “benefit corporation” gerou atrito com a Microsoft, que quer garantir retorno do investimento de US$ 13 bi. Acordo futuro pode envolver menos equity e mais acesso estratégico…

👀 Grok filtrava críticas a Musk e Trump, até a comunidade notar. Prometendo ser “sem viés”, o chatbot da xAI tinha prompts internos que bloqueavam conteúdos negativos sobre Elon Musk. A regra foi removida, mas o caso levanta dúvidas sobre neutralidade e controle editorial em IAs…

👋 Trump demite diretora do Copyright Office após relatório que freava IA generativa. Shira Perlmutter foi retirada após se opor ao uso irrestrito de obras protegidas no treinamento de IA. A decisão sinaliza disputa direta entre regulação de direitos autorais e interesses das big techs, incluindo a xAI…

🧠 A IA exige nova migração humana, não física, mas cognitiva. Segundo a VentureBeat, estamos saindo da era do conhecimento técnico para uma de significado e ética. A nova fronteira da IA força humanos a descobrirem o que nos torna únicos além da razão…

O que aconteceu na semana passada

Segunda-Feira: Apple e Anthropic se juntam para implementar vibe coding. Anthropic lança programa para pesquisadores usarem o Claude, Grok ganha voz e influencia o mercado de criptos.

Terça-Feira: OpenAI desiste da estratégia com fins lucrativos. Google lança Gemini 2.5 Pro, A aquisição da windsurf pela OpenAI.

Quarta-Feira: Mistral lança IA 8x mais barata que o Claude com desempenho competitivo. OpenAI apresenta programa de infra e soberania em IA para países ao redor do mundo, xAI quer levar o Grok ao mundo corporativo.

Quinta-Feira: Brasil em Destaque: IA pode melhorar o PIB do Brasil até 2035. OpenAI anuncia residência de dados na Ásia, Anthropic lança pesquisa na web em sua API.

Sexta-Feira: Alibaba ensina sua IA a pesquisar sozinha. OpenAI conecta Deep Research com o GitHub, Nvidia modifica chip H20 para fugir das sanções.

Além disso, olha o que você verá hoje:

Bora lá?

🛠 Caixa de Ferramentas 🛠

Aqui estão as ferramentas que separei para você iniciar a semana:

  • Aladin - Ferramentas integradas e suporte para seus aplicativos, ele irá levar IA para a sua navegação web.

  • AI Chat - Reúne todos os principais modelos de IA em um único aplicativo, inclui o Husky AI: um mecanismo de busca de IA que combina Web e Telegram para respostas em tempo real.

  • Tate-A-Tate - Plataforma sem código para transformar rapidamente ideias em agentes de IA full-stack, com sistemas de usuário, pagamentos por assinatura e lógica de negócios complexa impulsionada por IA.

  • AI Knowledge Search by Amurex - Ferramenta de busca com inteligência artificial que conecta Gmail, Google Docs, Notion, Obsidian e muito mais, para que você encontre qualquer coisa em todas as suas fontes de conhecimento instantaneamente, a partir de uma única barra de pesquisa.

  • eBay AI Shopping Agent - Novo Agente de Compras com IA do eBay oferece seleção e orientação de produtos hiperpersonalizadas. Atualmente disponível somente para usuários nos EUA, o objetivo é tornar a descoberta no eBay fácil e personalizada de acordo com suas preferências.

Microsoft e OpenAI revisam aliança: parceria ou concorrência em rota de colisão?

A relação entre Microsoft e OpenAI passa por um momento delicado. As duas empresas estão em uma “negociação difícil” que envolve a reestruturação anunciada recentemente pela OpenAI, agora operando como uma public benefit corporation, mas ainda sob controle do seu conselho sem fins lucrativos. A Microsoft, que já investiu US$ 13 bilhões na startup, seria um dos atores-chave que ainda não aprovou integralmente os termos dessa nova estrutura.

O impasse gira em torno de quanto de participação acionária a Microsoft terá na entidade com fins lucrativos. Uma proposta em discussão envolveria a Microsoft ceder parte desse equity em troca de acesso privilegiado à tecnologia desenvolvida pela OpenAI após 2030, quando expira o atual acordo. Além disso, o contexto está se tornando mais competitivo: enquanto a OpenAI cresce em mercado corporativo e avança no projeto Stargate (sua própria infraestrutura computacional), a Microsoft fortalece sua própria IA via Azure e Copilot, criando zonas de sobreposição e tensão entre parceiro e, cada vez mais, concorrente.

O momento marca uma virada importante: o relacionamento simbiótico entre as duas gigantes agora exige novos termos para sustentar o crescimento, sem sufocar a autonomia de ambas. Para OpenAI, a negociação com a Microsoft é o último degrau antes de consolidar sua nova estrutura híbrida. Para a Microsoft, é o momento de garantir retorno estratégico e técnico de uma aposta bilionária, num mercado onde cada vantagem pode moldar o futuro da IA comercial.

A IA Grok de Elon Musk foi especificamente instruída a não dizer que espalhou desinformação

A IA Grok, desenvolvida pela xAI de Elon Musk, foi programada para evitar fontes que associem Musk ou Donald Trump à disseminação de desinformação, segundo usuários que analisaram o prompt interno do sistema. Como o Grok opera com instruções transparentes (os system prompts são públicos), foi possível identificar que havia uma regra explícita para filtrar conteúdos críticos a Musk. O caso gerou forte repercussão, especialmente porque Elon promove Grok como “livre de vieses” e supostamente mais “neutro” do que seus concorrentes.

A controvérsia aumentou quando usuários descobriram que, até pouco tempo antes, Grok aceitava afirmações que incluíam Musk e Trump em listas de possíveis candidatos à pena de morte em respostas hipotéticas, algo que a xAI aparentemente quis controlar. O engenheiro-chefe da xAI, Igor Babuschkin, afirmou que a alteração foi feita por um funcionário individual “com a intenção de ajudar”, sem consulta à liderança. A modificação foi revertida assim que foi notada pela comunidade, e, segundo Babuschkin, Musk não teve envolvimento direto no episódio.

Esse caso expõe a tensão crescente entre transparência de prompt, controle editorial e a imagem pública dos donos das plataformas. A xAI afirma que manter os prompts visíveis é um compromisso com a abertura, mas na prática, isso também expõe como decisões internas podem rapidamente minar a percepção de imparcialidade. No final, a promessa de “IA sem viés” parece estar esbarrando na política da casa: neutro, mas não quando é sobre o chefe.

Trump demite diretor do Copyright Office após relatório levantar questões sobre treinamento de IA

O presidente Donald Trump demitiu Shira Perlmutter, diretora do Escritório de Direitos Autorais dos EUA, em um movimento considerado sem precedentes por parlamentares democratas e especialistas em propriedade intelectual. A demissão ocorreu menos de 24 horas após Perlmutter se recusar a endossar propostas favoráveis ao uso irrestrito de obras protegidas por direitos autorais para treinamento de modelos de IA, uma demanda cada vez mais frequente de empresas como OpenAI e, especialmente, Elon Musk, aliado político de Trump.

O estopim teria sido um relatório preliminar da própria instituição, divulgado esta semana, que limita o escopo do “fair use” (uso justo) como justificativa legal para o uso de grandes volumes de obras com copyright. O documento afirma que, embora o uso para pesquisa possa ser protegido, o treinamento de IA com fins comerciais e competitivos pode ultrapassar os limites legais. O relatório também recomenda mercados de licenciamento estruturados e considera alternativas como licenciamento coletivo estendido. A posição é vista como um obstáculo direto à narrativa pró-desregulamentação defendida por Musk e empresas do setor.

O caso reabre o debate sobre a independência institucional nos EUA, especialmente em um momento em que o governo tenta redefinir as regras da propriedade intelectual em meio ao avanço da IA generativa. A demissão de Perlmutter, nomeada em 2020 durante o primeiro mandato de Trump, mas por indicação da Bibliotecária do Congresso Carla Hayden, também recentemente destituída, expõe a fragilidade da governança regulatória frente a pressões econômicas e políticas. Com OpenAI, xAI e outras gigantes enfrentando ações judiciais por violação de direitos autorais, o controle sobre órgãos como o Copyright Office virou peça estratégica na batalha por uma IA sem freios (ou sem royalties).

🇧🇷 Novidade do setor para o Brasil 🇧🇷

Mais notícias ao redor do mercado de IAs

Do silício à senciência: o legado que guia a próxima fronteira da IA e a migração cognitiva humana

Ao longo da história, grandes revoluções tecnológicas sempre exigiram que os humanos migrassem, não apenas fisicamente, mas também cognitivamente. Da agricultura para as fábricas, dos papéis à nuvem, de tarefas braçais para funções simbólicas, cada salto exigiu novas habilidades, identidades e instituições. Mas, segundo o artigo, a transição atual, impulsionada pela inteligência artificial é mais profunda: não é só uma mudança de função, mas de essência.

Estamos entrando na era da migração cognitiva, onde até o conhecimento especializado está sendo automatizado e forçando humanos a redescobrirem o que realmente nos torna insubstituíveis.

O artigo remonta à declaração da IBM em 2015 sobre o início da "Era Cognitiva", quando Ginni Rometty posicionou o Watson como co-piloto de médicos e advogados, e não substituto. Era a introdução da IA como parceira no raciocínio “inteligência aumentada”, não apenas “inteligência artificial”. Desde então, os LLMs evoluíram rápido: em menos de cinco anos, passaram de experimentos acadêmicos para copilotos corporativos, forçando uma adaptação que antes levava gerações. Diferente das mudanças anteriores, essa exige mais do que requalificação: exige redefinir o que significa ser humano.

O desafio não é mais técnico, é existencial. Ao automatizar a razão, a IA obriga humanos a migrar para os territórios onde as máquinas ainda não dominam: criatividade, julgamento ético, empatia, significado e espiritualidade. Não basta dominar ferramentas: será preciso cultivar atributos que nos distinguem como espécie pensante e sensível. E como essa transição ocorre em uma velocidade inédita, ela já afeta pessoas no meio de suas carreiras. É uma corrida não para acompanhar o ritmo da tecnologia, mas para não perder o rumo de quem somos no processo.

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