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OpenAI lança Codex, seu agente de codificação 🚀
China traz novidades para o seu mercado de nuvem de IA, Acordo entre Apple e Alibaba deixa o governo dos EUA em alerta & mais
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🏃TLDR⌚
🚀 OpenAI lança Codex: agente de codificação completo no ChatGPT. Codex passa a automatizar tarefas de desenvolvimento em múltiplas threads, com execução isolada na nuvem. Usa o modelo codex-1 (variação do o3) e já é integrado ao GitHub, com foco em devs solo e times corporativos…
🇨🇳 China acelera mercado de nuvem para IA com apoio direto de Pequim. As principais gigantes chinesas, Alibaba, Huawei, Baidu e Tencent, ampliam agressivamente suas infraestruturas de nuvem para treinar e servir modelos de IA. Com subsídios estatais e parcerias públicas, o mercado de cloud AI da China cresceu mais de 45% em um ano, e deve ultrapassar os US$ 30 bilhões até 2026. O objetivo: reduzir a dependência da Nvidia e consolidar uma base autônoma para IA nacional…
🍎 Apple sob pressão dos EUA por usar IA da Alibaba em iPhones vendidos na China. O governo Trump vê riscos de vigilância, censura e transferência de know-how estratégico. A Apple tenta equilibrar interesses comerciais na China com exigências regulatórias dos EUA, criando mais um nó geopolítico para a big tech…
🔋 Crise energética à vista? O boom da IA pressiona redes elétricas globais. Data centers voltados para IA podem consumir mais que o Japão até 2030. Big techs estudam fontes nucleares e modelos mais leves, mas especialistas alertam: a IA precisa ser energeticamente sustentável para evitar colapso climático digital…
O que aconteceu na semana passada
Segunda-Feira: Microsoft e OpenAI negociam nova parceria. Grok e seus prompts pró Musk, Trump demite diretora do Copyright Office após conflito de interesses com IA & mais.
Terça-Feira: Google vai apoiar novos projetos de IA, desde que usem o Gemini para isso... Stargate da OpenAI tropeça nas tarifas, Perplexity está buscando valuation de US$ 14 bi & mais.
Quarta-Feira: Sakana AI apresenta seu modelo que pensa sem precisar de prompts. OpenAI apresenta benchmark para avalair IAs em tarefas clínicas, Trump revoga regras de Biden para exportação de chips de IA & mais.
Quinta-Feira: Brasil em Destaque: governo tem plano de IA, mas empresas ainda não tiraram seus projetos do papel. DeepMind apresenta IA que testa a si mesma, Ranking de modelos de IA mostra OpenAI e Google em crescimento e Anthropic perdendo espaço & mais.
Sexta-Feira: OpenAI libera GPT 4.1. Claude alucina no tribunal, Tencent em ritmo acelerado de crescimento & mais.
Além disso, olha o que você verá hoje:
Bora lá?
🛠 Caixa de Ferramentas 🛠
Aqui estão as ferramentas que separei para você iniciar a semana:
Tersa - Tersa é um canvas de código aberto para a criação de fluxos de trabalho de IA. Arraste, solte, conecte e execute nós para criar seus próprios fluxos de trabalho com diversos modelos de IA.
Copy as Markdown for AI - Converta páginas da web para o formato Markdown + YAML otimizado para LLM em um clique.
Local Operator - O Local Operator é uma plataforma multiagente de código aberto que oferece uma equipe de agentes de IA proativos com aprendizado e memória conversacionais. Os agentes podem trabalhar em segundo plano, conversar entre si e delegar tarefas entre si com base em sua expertise.
Windsurf Wave 9 - Nova família de modelos: SWE-1, SWE-1-lite e SWE-1-mini. Com base em avaliações internas, seu desempenho se aproxima do dos modelos de ponta dos laboratórios da fundação.
FunBlocks AI Brainstorming - Brainstorming e Mapa Mental com tecnologia de IA. Gere ideias ilimitadas usando IA.
OpenAI lança Codex: seu agente de IA para codificação

A OpenAI lançou o Codex, seu novo agente de IA para engenharia de software, integrado diretamente ao ChatGPT nas versões pagas (Pro, Enterprise e Teams). A proposta é clara: transformar Codex em um colega virtual de trabalho, não um substituto direto, mas um agente multitarefa capaz de gerar, revisar, corrigir e executar código com base em instruções em linguagem natural. Ele funciona dentro de uma máquina virtual própria, na nuvem, e já está disponível sem custo extra (por enquanto), mas deve adotar um sistema de créditos pagos em breve.
O Codex é baseado no modelo codex-1, uma versão especializada treinada para lidar com fluxos complexos de desenvolvimento. Ele se diferencia do modelo o3 ao produzir códigos mais limpos, estruturados e alinhados a boas práticas da engenharia de software. Além disso, é mais fiel ao prompt original, mesmo em tarefas com múltiplas etapas. Segundo a OpenAI, o agente é capaz de operar em paralelo, ou seja, executar tarefas simultâneas dentro de um mesmo projeto, como editar uma função, rodar testes e sugerir melhorias, tudo dentro de uma estrutura contínua de raciocínio.
Empresas como o Duolingo já estão substituindo times inteiros por soluções baseadas em IA, e o lançamento do Codex sinaliza que a OpenAI está mirando esse tipo de transformação profunda na cadeia de desenvolvimento. Com isso, entra em confronto direto com plataformas como Cursor, Replit, GitHub Copilot X e até Claude SWE-3, todas tentando automatizar etapas do ciclo de engenharia. Sam Altman define o Codex como o “próximo grande produto” da empresa, com potencial para redesenhar não apenas como se escreve código, mas como times inteiros operam.
China lança nuvem de IA em órbita: 12 satélites por enquanto, 2.800 nos próximos anos

A China acaba de dar um passo ambicioso rumo ao futuro da computação distribuída: lançou os primeiros 12 satélites de uma constelação prevista para chegar a 2.800 unidades, formando um supercomputador orbital baseado em IA. Batizado de “Three-Body Computing Constellation”, o projeto é liderado pela empresa ADA Space em parceria com o governo chinês, e cada satélite carrega um modelo de IA com 8 bilhões de parâmetros, capaz de 744 TOPS. Juntos, os primeiros 12 já operam com 5 POPS (peta operações por segundo), com meta de atingir 1.000 POPS ao final da implantação. A arquitetura permite computação autônoma no espaço com conexão laser de 100 Gbps entre os satélites e objetivos que vão de observações astronômicas a resposta a emergências, turismo virtual e jogos baseados em gêmeos digitais.
Em paralelo, o resumo semanal da The Register destaca que a Coreia do Sul também está reforçando sua infraestrutura computacional, com a aquisição de um supercomputador baseado em NVIDIA GH200 e AMD EPYC de 5ª geração, somando 8.496 GPUs, 205 petabytes de armazenamento e rede de 400 Gbps. Além disso, o país vai investir US$ 1 bilhão para adquirir 10 mil GPUs destinadas à pesquisa. Esses avanços mostram que o leste asiático está se posicionando como um dos polos mais relevantes de desenvolvimento de IA e computação de alta performance, mesmo com os efeitos colaterais dos novos bloqueios comerciais impostos pelos EUA, que devem desacelerar o crescimento do setor em 1 a 2 pontos percentuais em 2025, segundo a Forrester.
Enquanto isso, Índia e Japão também aceleram suas apostas em chips e ciberdefesa, com a HCL entrando na produção de semicondutores (em parceria com a Foxconn) e o Japão aprovando uma nova lei de “cyberdefesa ativa”, autorizando medidas ofensivas e vigilância digital durante a paz. O movimento confirma o que já se observa há meses: a nova corrida armamentista é digital, climática e computacional e a Ásia está desenhando seus próprios satélites, chips e legislações para não ficar refém de ninguém.
Governo Trump reage à integração da IA da Alibaba em iPhones vendidos na China
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Segundo apuração do New York Times e CNBC, autoridades dos EUA temem que o acordo amplie a capacidade tecnológica da Alibaba, normalize os chatbots censurados pelo governo chinês e exponha a Apple a obrigações legais impostas por Pequim, incluindo compartilhamento de dados e conformidade com a censura local. Legisladores americanos estão pressionando a Apple para esclarecer os termos do acordo, enquanto grupos de segurança alertam que isso pode configurar uma “porta dos fundos” para vigilância.
Do lado chinês, a parceria é vista como um avanço estratégico no mercado doméstico, onde Alibaba compete diretamente com DeepSeek, Baidu e Tencent no desenvolvimento de modelos avançados, incluindo o Qwen 3, recentemente lançado como open source. Integrar seus LLMs aos iPhones não só aumenta a penetração da marca, como fortalece a posição da China na corrida global pela IA de uso pessoal. Já para a Apple, a aliança representa uma concessão pragmática para continuar vendendo no maior mercado de smartphones do mundo, evitando sanções locais ao adotar soluções de IA nacionais, conforme exigência informal do governo chinês.
O episódio aprofunda as tensões entre soberania digital e dependência comercial, levantando questões sensíveis sobre soberania de modelos, privacidade e influência política transnacional. A Apple se encontra em um impasse: resistir pode significar perder o mercado chinês; ceder pode custar sua reputação nos EUA e, potencialmente, um novo confronto regulatório.
🇧🇷 Novidade do setor para o Brasil 🇧🇷
“62,5% das instituições de saúde no Brasil já incorporam IA em suas operações”, declara CEO de healthtech.
Logística no Brasil ainda explora pouco o uso de IA.
Uberaba pode receber investimento de R$ 1,7 bilhão com data center de inteligência artificial.
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A startup Firecrawl da Y Combinator está pronta para pagar US$ 1 milhão para contratar três agentes de IA como funcionários.
MIT rejeita artigo de doutorado sobre os benefícios da IA na produtividade.
A Apple está tentando colocar o 'LLM Siri' de volta nos trilhos.
O boom da IA alimentará uma crise energética global?

A revolução da inteligência artificial está alimentando um novo tipo de crise, não apenas econômica, política ou regulatória, mas energética e ecológica. A IA exige um ecossistema massivo de infraestrutura digital que consome energia em ritmo vertiginoso. Até 2030, data centers voltados à IA poderão consumir mais de 1.500 terawatt-hora (TWh) por ano, um salto de 165% em relação a 2023, segundo estimativas da Goldman Sachs. Para comparação, isso equivale ao consumo total de países como o Japão. E não estamos falando de ficção científica: em 2024, data centers já puxaram 415 TWh, crescendo a taxas de dois dígitos anualmente.
O que torna o quadro ainda mais alarmante é que a maior parte desse consumo não vem do treinamento de modelos gigantescos como o GPT-4, mas da inferência, ou seja, do uso cotidiano: prompts no ChatGPT, geração de imagens, tradução de textos, tarefas “banalizadas” que agora se repetem bilhões de vezes por dia. Cada prompt de IA consome, em média, 10× mais energia que uma busca comum no Google. E o impacto não é só elétrico. Cada data center gasta em média 1,7 litro de água por kWh consumido, exigindo bilhões de litros por ano para resfriamento. Some-se a isso o crescimento exponencial de lixo eletrônico, gerado por ciclos de substituição rápida de chips, placas e servidores.
Diante dessa explosão de demanda, o setor energético está sob forte pressão. Energias renováveis, embora indispensáveis, enfrentam limitações de armazenamento e previsibilidade. É por isso que big techs como Microsoft, Google e AWS passaram a flertar com energia nuclear — principalmente os reatores modulares (SMRs), como solução de fornecimento contínuo e carbono-zero. Ao mesmo tempo, há um movimento técnico promissor na criação de modelos mais leves (via pruning, quantização, distilação), sistemas de IA-aware scheduling (alocação inteligente de energia) e a transição para IA embarcada (on-device), que executa tarefas localmente, sem depender de servidores energívoros na nuvem.
O crescimento da IA parece inevitável e, em muitos aspectos, desejável. Mas a forma como esse crescimento ocorre ainda é uma escolha. Se não enfrentarmos desde já a dimensão energética e ambiental do problema, podemos trocar a euforia do progresso pela ressaca de um colapso climático silencioso. A IA pode ajudar a salvar o planeta, mas só se ela própria não for o fator que o leva à exaustão.
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