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🏃TLDR⌚

O que aconteceu na semana passada

Segunda-Feira: Anthropic diz que Claude tem código de moral próprio. OpenAI apresenta o Flex Processing, Startup chinesa lança modelo de IA 100% nacional & mais.

Terça-Feira: IA + Jornalismo: O que esperar dessa parceria? Huawei prepara seus novos chips para alimentar a IA da China e substituir a Nvidia, ChatGPT Search cresce na Europa & mais.

Quarta-Feira: Agora o Grok pode ver o mundo! Google lança controle de raciocínio para seus modelos, Tesla enfrenta restrições da China na produção do Optimus & mais.

Quinta-Feira: Brasil e Chile pretendem lançar um LLM sul-americano. Perplexity anuncia parceria com a Motorola, Anthropic busca o bem-estar das IAs & mais.

Sexta-Feira: Buscas no ChatGPT serão mais leves e rápidas. Anthropic quer decifrar o pensamento das IAs até 2027, Baidu lança dois novos modelos mais potentes e baratos & mais.

Além disso, olha o que você verá hoje:

Bora lá?

🛠 Caixa de Ferramentas 🛠

Aqui estão as ferramentas que separei para você iniciar a semana:

IA desvenda novo gatilho do Alzheimer e indica tratamento promissor

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego usaram inteligência artificial para revelar que o gene PHGDH, antes visto apenas como biomarcador, é na verdade uma causa direta da doença de Alzheimer. A IA permitiu visualizar a estrutura tridimensional da proteína PHGDH, revelando uma função “moonlighting”, ela não apenas produz serina (como se sabia), mas também disrupta o controle de genes no cérebro, desencadeando desequilíbrios que levam à progressão da doença.

A equipe ainda identificou um candidato terapêutico promissor: a molécula NCT-503, que inibe essa função desreguladora da PHGDH sem afetar sua função metabólica essencial. Em testes com modelos de camundongos, o NCT-503 reduziu significativamente os sintomas da doença, incluindo melhora na memória e redução da ansiedade, pontos críticos no Alzheimer humano. A vantagem? O composto atravessa a barreira hematoencefálica e pode futuramente ser administrado por via oral.

Este avanço é especialmente relevante porque atinge a doença em um estágio anterior à formação das placas de beta-amilóide, alvo de tratamentos tradicionais que, segundo estudos recentes, podem intervir tarde demais. Assim, bloquear a ação anômala da PHGDH abre um novo caminho potencialmente mais eficaz para prevenir ou retardar a progressão do Alzheimer.

DeepSeek-R2: a resposta ousada da China para a corrida da IA

A startup chinesa DeepSeek lançou seu novo modelo de IA, o DeepSeek-R2, que promete elevar o nível da competição internacional com raciocínio avançado, multimodalidade robusta e eficiência extrema de recursos. Construído para operar em múltiplas línguas com alta consistência lógica (especialmente em chinês e inglês), o R2 introduz inovações como o Generative Reward Modeling (GRM), um método de aprendizado onde o próprio modelo gera feedback durante o treino, e o Self-Principled Critique Tuning, que ensina a IA a revisar e melhorar suas próprias respostas. O resultado é um modelo com menos alucinações, melhor alinhamento com valores humanos e forte capacidade de interpretação de conteúdo visual e textual.

O DeepSeek-R2 também apresenta melhorias significativas em programação: geração de código em múltiplas linguagens, entendimento avançado de arquitetura de software e otimização automática. Tudo isso aliado a um custo de operação muito mais baixo, fator que, segundo rumores, poderia tornar o R2 até 97% mais barato que o GPT-4o. Além disso, especula-se que o DeepSeek-R2 seja capaz de rodar eficientemente em chips Huawei Ascend, driblando as restrições de acesso aos chips Nvidia impostas pela geopolítica global.

A estratégia da DeepSeek é clara: priorizar eficiência, inovação aberta e independência tecnológica. Diferente de outras startups, a empresa recusou grandes investimentos para manter foco em pesquisa de base e projetos de longo prazo, como a busca explícita por uma futura Inteligência Artificial Geral (AGI). Já existem aplicações práticas do DeepSeek em empresas como Haier, Hisense e TCL, com integração em eletrodomésticos inteligentes, TVs e robôs de uso doméstico.

Se cumprir as expectativas, o DeepSeek-R2 pode não só nivelar a competição com OpenAI, Anthropic e Google, mas também alterar a dinâmica da corrida global pela IA, mostrando que nem sempre é preciso o maior modelo ou o maior orçamento para liderar. Em 2025, o jogo parece estar ficando mais interessante e com um toque muito mais oriental.

A xAI Holdings de Musk está supostamente levantando a segunda maior rodada de financiamento privado de todos os tempos

A operação também impulsionaria a avaliação da xAI para acima de US$ 120 bilhões, consolidando a startup como uma potência financeira e tecnológica global.

Parte da motivação para a captação é aliviar o pesado endividamento da X Corp (ex-Twitter), cujos juros anuais já ultrapassam US$ 1,3 bilhão, com custos mensais de serviço de dívida na casa dos US$ 200 milhões. A nova rodada deve contar com apoio de velhos aliados de Musk, como Antonio Gracias (Valor Equity Partners) e Luke Nosek (Gigafund), investidores recorrentes de Tesla e SpaceX. Além de aspectos financeiros, a movimentação reforça a crescente influência política de Musk na administração Trump, onde ele atua como figura estratégica no Departamento de Eficiência Governamental.

Essa rodada bilionária indica duas tendências fortes: primeiro, que IA ainda é o epicentro do interesse dos investidores, mesmo num cenário econômico mais restritivo; e segundo, que Musk está apostando na criação de um império híbrido, combinando infraestrutura de IA (via xAI), social media (via X) e poder político.

🇧🇷 Novidade do setor para o Brasil 🇧🇷

Mais notícias ao redor do mercado de IAs

A IA pode evolui a cada poucos meses. O que esse crescimento exponencial significa para a forma como a usamos?

Um novo estudo conduzido pela Model Evaluation & Threat Research (METR) revelou que a capacidade dos modelos de IA em lidar com tarefas complexas está dobrando a cada sete meses. A métrica proposta avalia não apenas a precisão ou o conhecimento das IAs, mas a duração dos projetos que elas conseguem completar com sucesso, comparando com o tempo necessário para humanos. Modelos atuais realizam tarefas de até 4 minutos quase perfeitamente, mas ainda falham em atividades que exigem mais de 4 horas, embora esse limite esteja avançando rapidamente.

O estudo utilizou bancos de tarefas como HCAST e RE-Bench, que medem o desempenho de IA em engenharia de software, cibersegurança e projetos de pesquisa abertos. A análise mostra que enquanto AIs brilham em microtarefas, o grande desafio e a grande conquista, será a execução coordenada de fluxos de trabalho longos, com várias camadas de decisão e ajustes em tempo real. Se essa tendência continuar, até 2032 será possível automatizar um mês inteiro de desenvolvimento de software humano em um único ciclo de IA.

Especialistas como Sohrob Kazerounian e Eleanor Watson destacam que essa abordagem representa um novo benchmark realista para medir inteligência artificial: manter consistência e objetivo ao longo de tarefas prolongadas é um divisor de águas na prática muito mais representativo do que testes isolados de habilidade. Isso pavimenta o caminho para a emergência de agentes generalistas até 2026, capazes de administrar atividades complexas no trabalho e na vida pessoal (de planejamento de viagens a gestão financeira) com mínima supervisão humana.

O impacto será enorme: empresas poderão delegar partes substanciais de suas operações a AIs, otimizando custos e liberando humanos para funções criativas e estratégicas. No consumo pessoal, a IA deixará de ser um assistente pontual e se tornará um gerente de vida, planejando, monitorando e resolvendo problemas por períodos contínuos. A era dos agentes generalistas já não é mais uma hipótese futurista, é uma curva de crescimento em plena aceleração.

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